Caixa D’Agua
6/1/24, 12:33 PM – Claudio Saraiva:
Lembro que depois de muitos anos indo para Lucelia, alguem questionou a integridade da tampa da caixa d’agua.
A caixa d’agua, para quem nao lembra, era uma torre de concreto e alvenaria, construida pelo vovo e estimo, tinha de 6 a 8 m de altura. Ela tinha degraus de aço engastados em uma das colunas, sem qualquer guarda corpo. E com o passar dos anos alguns degraus estavam faltando e outros prestes a soltar. Fato é que poucos tinham coragem de subir até lá para ver. A caixa tinha a água bombeada por uma b. Eletrica, que vivia quebrando. Creio que foi o técnico (Paulo Mori, um japones) que foi chamado para inspecionar a caixa e nos contar o estado dela.
Ele foi até lá e trouxe a noticia de que a caixa não tinha tampa, provavelmente há anos. Ele encontrou restos de animais, folhas, galhos etc.
Bebemos essa agua com a natural vitamimina S, sempre filtrada pelo valente filtro de barro, que ficava naquela pia de um corredor que levava para fora da casa e para a cozinha.
Não lembro de ninguem ter morrido por causa dessa agua.
A caixa foi limpa (acredito) e tampada. E seguimos a vida tomando agua do bravo filtro de barro.
Olha as rodas!
Ô Elisa,
Seu avô tem estorias otimas para se contar dele.
Uma delas é uma famosa viagem de jeep de volta a São Paulo. As rodas do veiculo vinham pela estrada afora, capengando e largas no seu eixo, mas la vinha vindo ele, sem se incomodar com isso cada um com quem cruzava na estrada, berrava: olha as rodas!… Meu pai sorria, agradecia e continuava na sua toada. De novo la vinha
outro motorista alarmado que berrava, “olha as rodas!!!
Qdo. ele estava chegando nas proximidades da casa dele na climação, pediu ao carona do lado que nao me lembro mais quem era, provavelmente algum filho, que corresse na frente e abrisse os portões pq. nao ia dar pra parar, no qual foi prontamente atendido. Meu pai subiu a rampa que tinha mais ou menos uns 50 mts. E na hora em que parou as duas rodas arriaram uma pra cada lado. E ele sorridente disse : ” Eu nao disse que dava?…”
Lembrarei de mais algumas…
Anna
Baratas…
On Jan 17, 2012, at 1:02 PM, Cecilia Polido wrote:
Eu tenho uma estoria de Lucelia.
Quando eu tinha 13 ou 14 anos a vovo’ me convidou pra passar as ferias com ela em Lucelia.
Fomos de onibus e tio Mario nos levou pra rodoviaria de carro.
As bagagem da vovo era composta de 21 volumes.. ela levou de tudo, ate a maquina de trico.
Na chegada em Lucelia, ela contou as malas cuidadosamente, pq nao queria perder nenhuma. E, qual nao foi minha surpresa quando ela chamou uma charrete pra nos levar pra chacara, com todas aquelas malas… levou um tempao pra desfazer todas e tenho certeza que uma ou outra ela nem abriu.
E a maquina de trico virou a minha diversao pq eu nao tinha muito o que fazer por la, A vovo’ tinha um ritual pra dormir… arrumava os lencois sobre um sofa que ficava no terraco da casa . O sofa tinha uma forracao de plastico e os lencois escorregavam. mas ela achava uma delicia dormir ali pq era fresco. E para que ela nao dormissse sozinha ali, ela arrumava um colchao tambem no terraco para que eu dormisse la. Eu nao gostava disso. Me sentia desprotegida e nada confortavel, apesar de o colchao ser bom. Mas tinha uma parte do ritual que me deixava mais espantada. Toda a familia sabe o quanto a vovo’ tinha nojo, medo, aversao por baratas. Assim, ela aplicava jatos da bomba de fleet sobre ela mesma… aquilo era fedido e nao devia fazer nada bem pra saude dela. Numa manha, ela acordou passando mal e pediu pra que eu a ajudasse a se arrumar pq a charrete que vinha busca-la 2 ou 3 vezes por semana estava pra chegar. E ela foi de charrete ate o hospital. Ficou internada alguns dias com desidatracao. Ninguem me tira da cabeca que aquele spray de veneno foi a causa dela ter ficado doente.
Lembro que foi um alivio quando a Tia Ana chegou para as ferias e tomou conta da situacao.
Olha o Jacaré!!!!
Em 3/1/2012 02:27, Luiz Mesquita escreveu:
Uma vez, creio que em 1979, fui passar uns dias na Fazenda da Lagoa, uma
propriedade enorme que produzia gado e eucalipto, e cuja beleza natural incluía
uma enorme lagoa natural, no meio da propriedade, perdida num bosque. Essa
fazenda e’ propriedade da Cia Melhoramentos, do Tio Mimi (onde trabalharam
papai, Tio Neco, e Tio Rubens por muitos anos). Um dia, acompanhando os peões a
cavalo no campo, um deles se aproximou e me perguntou se eu era parente do
Rubens Mesquita. Respondi que sim, e perguntei o porque do interesse. Ele então
me disse que o nosso tio e’ muito famoso naquelas bandas, e dentre outras lendas
de sua bravura, me contou a seguinte estória, que havia sido passada de geração
em geração. La pelo final da década de 50, quando a Cia Melhoramentos desbravava
o norte do Paraná, o Tio Rubens e outros dois acompanhantes (um deles se não me
engano era o próprio Paulo Moraes Barros, nosso primo distante por parte da vovó
Cecilia, e o outro não me lembro quem era), andando pelo meio do mato, fazendo
mensurações de engenharia, “descobriram” a tal da Lagoa no meio da selva. Com o
calor que fazia, os 3 logo decidiram entrar na agua pra se refrescar. Um deles,
que deveria ser mineiro, desconfiado que poderia haver perigos a espreita, levou
sua espingarda a tira colo. A certa altura, um deles gritou: “OLHA O JACARE”!
“ONDE?” gritaram os outros desesperados. LA, OLHA LA! E ESTA NADANDO NA NOSSA
DIRECAO! Estavam os 3 com agua ate a cintura, e longe da margem. O sujeito com a
espingarda, começou a atirar. POW, POW, POW. Mas como tremia muito de medo, não
conseguiu acertar nada, e o jacaré continuava a nadar na direção deles. O tio
Rubens, então, enfezado, esbravejou, ME DA ESSA ESPINGARDA AQUI!. E com o jacaré
aproximando, o tio Rubens mirou, mirou, mirou, e o outros gritavam! ATIRA
RUBENS, PELO AMOR DE DEUS. E tio Rubens, na sua calma, mirou e mirou, e quando o
jacaré estava bem pertinho, POW – acertou-lhe um bem dado no meio dos olhos, e
matou o jacaré.
>>> Não sei se a estória e’ verdade, mas a lenda existe, pois a escutei com estes
ouvidos que a terra ha de levar um dia. E’ só perguntar por aquelas bandas. Será
que o próprio tio Rubens lembra desta? Nunca perguntei.
Luizinho
Caso de Policia
Claro que tenho muita honra de ter o mesmo nome do vovô. Mas obviamente já ouvi
muitas e boas a respeito, já que meu pai tinha o mesmo nome, apenas com o sufixo
” FILHO” adicionado. A mais comum delas e’ “Puxa, que falta de criatividade dos
pais…”, e a segunda mais comum sendo “Podiam pelo menos ter adicionado o “NETO” no
final, não e’ mesmo?…” e assim vai. Mas uma vez a coisa quase virou caso de
policia. La’ pela metade da década de 70, o tio Rubens, numa de suas passagens por
Cianorte, deu $50 cruzeiros de presente ao afilhado. E lá fui eu sorrindo de orelha
a orelha depositar a bolada na Caixa Econômica, já sonhando com o futuro. Algum
tempo depois, minha mãe e eu passamos na agencia para sacar a bufunfa, mas para
nossa surpresa o saldo estava quase zerado. E toma pito daqui, e briga com o caixa
de lá, ate’ que o gerente que era amigo da família lembrou-se que além da conta em
nome de “Luiz Ferraz de Mesquita”, havia outra em nome de “Luiz Ferraz de Mesquita
Filho”. Quando fomos averiguar o saldo da outra, confirmou-se um deposito de $50
feito alguns meses. Obviamente, o rapaz do caixa no dia do deposito concluiu que
” esse moleque ai’ … “, só poderia ser o “Filho”, e assim depositou tudo na conta
do “pai”. Ninguém podia culpar o pobre rapaz pelo erro: quem em sua sã consciência
chamaria o “pai” de “Filho”? Só mesmo um genuíno Mesquita!
Depois que casei, meu pai um dia perguntou esperançoso a sua querida nora: “se vocês
um dia tiverem um filho homem, poderiam chamar de Luiz Ferraz de Mesquita não? Seria
maravilhoso dar continuidade a tradição!” E a Paty depois de controlar o frio na
espinha, e não querendo desagradar o sogro que ela amava de paixão, mais que
depressa emendou… “Nossa, que grande idéia! Eu adoraria, mas temo que ele não
podendo ser nem “filho”, nem “neto” dificilmente faria jus a grandiosidade do
original”. E assim, nasceu Tomas!
Luizinho
água de parabéns
O Kiko, que faz aniversário um mês antes de mim, teve a festa com
direito Coca-cola, então conhecido “água de parabéns”, tão caro e especial, que só
era servido em aniversários e natal (Uau,… mas era isso lá em casa!).
Conta a Ruth minha mãe, que eu sentada no colo dela, ia planejando meu aniversário
de 6 ou 7 anos (quem sabe..): quem seriam os convidados, os docinhos que faríamos, o
enfeite confeitado do bolo…. até chegar na preciosa “água de parabéns”.
Mamãe, curta de dinheiro para variar, tentava convencer-me de que suco de uva,
laranja, e groselha seria mais legal, porque era colorido, etc… Argumentos daqui e
de lá, até que eu afirmei: Puxa Vida, No aniversário do Kiko teve coca-cola…
porque não haveria de ter no meu????
Tendo, então já perdido a parada, minha mãe resolveu brincar: Uai, Filha, teve no
aniversário do Kiko, porque eu gosto mais dele, V. não sabia??? Certamente, ela me
desafiou assim, sabendo que eu não me sentia nem uma isquinha menos amada, e
respondi: não sei porque v. gosta mais dele… eu sou filha tanto quanto ele….
Nova resposta da Ruth… Cê não sabia? V. não é filha não…. te achei na lata do lixo!
Conta ela que eu parei para pensar um pouquinho, e fui desafiando…. “Achou, mãe?”
– Achei” Pegou, mãe? Peguei!….
Resposta final e conclusiva: PROBLEMA SEU! NÃO MANDEI PEGAR! COCA-COLA NO
ANIVERSÁRIO E assunto encerrado: Tive coca-cola….
E assim eu ensaiava os primeiros passos na advocacia…. invocando o principio da
isonomia (coisa de advogado: tratar igualmente os iguais…)
Bia
Casca De Maçã
Certa vez estávamos viajando no Galaxie do Tio Rubens.
Pra vocês verem com isso faz tempo e nós éramos bem pequenos. Na frente iam a Tia Agar e o Tio Rubens e atrás eu, a Bia a Helô e a Cau. Não me lembro, mas acho que a Patty e a Deni não estavam. Lá pelas tantas a Tia Agar começou a descascar maçãs para acalmar a fome da molecada, e ia colocando as cascas num pano de prato estendido no colo. Terminada a tarefa, pedaços de maçã distribuídos a todos, ela foi jogar as cascas pela janela. Segurou nas pontas do pano e Vupt, mandou tudo pela janela. Aí ouviu-se um Mããããnhêêêê!!!!!!!. Era a Cau, toda coberta de cascas de maçã, que tinham saído pela janela da frente e entrado na janela de trás. Foi aquela gargalhada, só a Cau, lógico, não gostou do ocorrido.
Beijos e abraços a todos
Nado
Beethoven
A estoria do Beethoven e’ a seguinte.
O Nado em casa e’ o ultimo. Não tinha qualquer chance entre os irmãos.
Sempre perdia a parada para os mais velhos. Um dia ele ficou sabendo que o
Beethoven era o quinto filho e os quatro irmãos mais velhos eram deficientes
físicose mentais. Numa discussão em casa, o Nado encerrou o assunto
apontando para cada irmão dizendo: monstro, monstro, monstro, monstro e
finalmente apontando para si esmo dizendo…Beethoven. Ele era bem pequeno e
a historia ficou muito engraçada…e acabou fazendo parte das brincadeiras
em casa.
Ciça